18 pessoas morreram; velório coletivo será feito em São Sebastião (SP).
Ônibus levava universitários e capotou na noite de quarta-feira (8).
Subiu para 18 o número de mortos no acidente envolvendo um ônibus fretado que capotou, na noite desta quarta-feira (8), na Rodovia Mogi-Bertioga, no limite entre as cidades paulistas de Mogi das Cruzes e Bertioga. Por volta das 17h, 16 pessoas que ficaram feridas ainda estavam internadas.
O ônibus levava universitários de Mogi das Cruzes para São Sebastião. No km 84 da rodovia, na descida da serra, o motorista perdeu o controle logo depois de fazer uma curva, atravessou a pista, bateu nas pedras, capotou e caiu em um barranco.
Segundo o Corpo de Bombeiros, 15 pessoas, incluindo o motorista, morreram no local do acidente. Outras três morreram em hospitais.
- Ana Carolina da Cruz Veloso, 21 anos, estudante de psicologia
- Antônio Carlos da Silva, 37 anos, motorista
- Aldo de Sousa Carvalho, 26 anos, estudante de engenharia
- Camila dos Santos Alves, 24 anos
- Carolina Marreca Benetti, 21 anos
- Daniel Oliveira Damásio, 25 anos
- Daniela Aparecida Mota Dias
- Damião Nunes Bras, 33 anos, estudante de engenharia
- Gabriela Silva Oliveira dos Santos, 22 anos, estudante de engenharia
- Guilherme Mendonça de Oliveira, 19 anos
- Janaina Oliveira Pinto, 20 anos
- Laís de Oliveira, 21 anos
- Maria Macedo de Souza
- Rafael Santos do Carmo, 18 anos
- Rita de Cássia, 19 anos
- Sônia Pinheiro de Jesus, 37 anos
Dezessete das 18 vítimas fatais serão veladas coletivamente em São Sebastião. A estudante Ana Carolina da Cruz Veloso deve ser velada no Paraná. Por volta das 17h, nove corpos já haviam sido liberados do Instituto Médico-Legal de Guarujá.
Como foi o acidente
O acidente ocorreu por volta das 23h desta quarta. Segundo o delegado Fábio Pierri, o ônibus estava acima da velocidade permitida, de 60 km/h, mas a polícia ainda apura outros fatores que podem ter contribuído para o acidente.
“Inicialmente, posso falar que houve excesso de velocidade. Ele [motorista] estava a mais de 80 km/h”, disse Pierry. A viação União do Litoral, responsável pelo ônibus, nega que o veículo estivesse em alta velocidade.
Não descartamos que o motorista possa ter dormido. Temos que montar o quebra-cabeça de tudo. A perita afirmou que o ônibus tombou na pista, foi arrastando, arrancando árvores e caiu na valeta”, afirmou o delegado.
A Polícia Civil informou que não chovia e não havia neblina no momento do acidente, mas a pista poderia estar escorregadia. A empresa do ônibus contesta e diz que havia neblina no momento do acidente.
Um dos sobreviventes disse que o ônibus estava descontrolado. “Na terceira vez que ele repetiu o movimento [de tentar fazer a curva] de forma brusca e invadindo a pista, percebemos que havia algo errado. Começaram a pedir para que colocássemos o cinto. Eu coloquei e aí começou a gritaria, as pessoas se desesperaram e percebi que o meio-fio estava cada vez mais próximo, foi quando capotamos”, disse Wanderson da Silva, de 24 anos (veja o vídeo abaixo).
Segundo a Artesp (agência de regulação), a Viação União do Litoral Transporte e Turismo Ltda está cadastrada para fazer serviço de fretamento.
A vistoria ao ônibus envolvido no acidente ocorreu em 2015 e é válida até 26 de agosto de 2016. A credencial da empresa, que deve ser renovada a cada cinco anos, termina em 31 de outubro de 2016.
Via ficou interditada
A rodovia chegou a ficar totalmente interditada durante a madrugada para o resgate às vítimas. Elas foram levadas para o Hospital Municipal de Bertioga, para o Hospital Santo Amaro, em Guarujá, e para o Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo, que fica em Mogi das Cruzes.
Um guincho removeu o ônibus do local no início da manhã, e a pista acabou sendo totalmente liberada por volta das 6h55.
Equipes do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do litoral de São Paulo, e também de municípios próximos da região, foram deslocadas para prestar atendimento às vítimas
NOME: Giulia Leite Porto
NÚMERO: 5
5º ano manhã
DATA: 09/06/2016
PROFESSORA: Nagila