REDAÇÃO ÉPOCA
13/03/2016 - 10h09 - Atualizado 13/03/2016 23h43
Apesar da multidão, não foram registradas ocorrências graves, segundo a PM de SP. Apenas uma mulher foi detida por desacato e levada à delegacia depois de ter arremessado garrafas de espumante contra policiais e causado pequeno tumulto em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp).
A presidente Dilma passou o dia no Palácio da Alvorada, em Brasília. Não fez pronunciamento nem apareceu em público. No fim do dia, reuniu ministros do núcleo duro do governo para avaliar como foi o 13 de março pelo país. E continuou em silêncio. À noite, o Palácio do Planalto divulgou nota: "A liberdade de manifestação é própria das democracias e por todos deve ser respeitada".
As manifestações deste domingo só pioram a situação da presidente. O governo é fustigado pela lei, atravessa uma situação econômica dramática, não tem apoio político e, neste 13 de março, foi lembrado que a parte da população que o rejeita é significativa e faz barulho. Pior de tudo, mostra análise do editor-executivo de ÉPOCA Leandro Loyola, a gritaria chega no início da semana em que o processo de impeachment será retomado na Câmara. Momento mais delicado, impossível.
Acompanhe, abaixo, como foi a movimentação pelo Brasil ao longo deste domingo (dos acontecimentos mais recentes aos mais antigos).
23h - "Vamos derrubar o PT, minha gente!", diz Caiado – e ganha beijos e elogios. No dia em que a classe política entregou-se aos manifestantes pró-impeachment, senador discursou em dois carros de som e se empolgou. Leia a reportagem aqui.
22h53 - Timeplapse da manifestação de 13 março na Paulista: 10 horas em dois minutos. Vídeo mostra a chegada do público, das 9h às 19h. Assista aqui.
20h45 - Nas manifestações deste domingo, chamava a atenção a mobilização pela autonomia da Polícia Federal. A defesa da autonomia da PF foi feita em discursos de militantes nos caminhões de som de pelo menos dois movimentos, o Vem pra Rua e o Nas Ruas. Leia a reportagem completa aqui.
20h30 - O editor-executivo conversa a partir de agora com o professor do Insper Carlos Melo sobre as manifestações deste domingo. Acompanhe o Facebook Live na página de ÉPOCA.
20h10 - Fundador do PT e autor do pedido de impeachment contra Dilma, o advogado Hélio Bicudo foi para a Avenida Paulista neste domingo (13). Aos 94 anos, discursou em cima do carro de som do movimento Vem pra rua e posou para fotos em meio à multidão. Em entrevista a ÉPOCA, ele diz: "Não quero a democracia de fachada que o Brasil tem hoje". Assista ao vídeo aqui.
19h24 - A manifestação deste domingo (13) é considerada a maior de cunho político que já aconteceu na cidade de São Paulo. O Instituto DataFolha dizque 500 mil pessoas participaram do ato na Avenida Paulista. Segundo a PM, foram 1,4 milhão. Para os organizadores, 2,5 milhões.
19h18 - Procurada por ÉPOCA para comentar as manifestações deste domingo pelo país, a ex-deputada federal do PSOL Luciana Genro, que foi candidata à Presidência em 2014, enviou somente um link de um comentário seu no Facebook. Na postagem, ela reproduzia uma reportagem sobre os tucanos Aécio Neves e Geraldo Alckmin sendo hostilizados na Avenida Paulista, com o comentário: “Parece que o povo está mais na linha ‘que se vayan todos’. Ainda bem! Se a Lava Jato continuar, e for a fundo mesmo, a casta política não para em pé!”. Luciana Genro acrescentou, em seguida: “Não tenho nada a declarar além disso agora”.
18h50 - Lollapalooza 2016: quem deixou de ir à manifestação mostra que também tem opinião. Longe da região da Paulista, o festival em SP também virou palco para os protestos contra o governo Dilma. Leia mais aqui.
18h04 - Um passeio aéreo pela manifestação de 13 de março na Paulista. O protesto foi marcado para as 15h, mas as pessoas começaram a chegar bem antes. Às 13h, a via em São Paulo já estava tomada. Assista.
17h31 - Em São Paulo, manifestantes abandonam carros no meio da rua. Batalhão de choque da PM precisou interditar ruas nos arredores da Avenida Paulista. Leia mais.
16h51 - Aécio Neves já deixou manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo. Comitiva do PSDB subiria no caminhão do MBL, o que não aconteceu. Motivo seriam vaias e xingamentos. Saiba mais.
16h24 - O senador José Serra, do PSDB de São Paulo, subiu a Rua Pamplona em direção à Avenida Paulista acompanhado de três seguranças. Ao longo da caminhada, Serra foi aclamado com gritos de “Presidente!” e “Prefeito!”. Também ouviu de alguns: “Finalmente, Serra, o PSDB desceu do muro!”. Chegando na Paulista, o senador optou por não subir no caminhão do Vem pra Rua e ficar no meio da multidão.
16h22 - Linha verde com velocidade reduzida. Cada veículo fica parado, em média, dez minutos. Com todas as estações até a Avenida Paulista lotadas – e ninguém descendo –, começam as negociações entre quem está dentro do vagão lotado e quem está fora. "Vai a pé, meu amigo. Aqui é o Paraíso", diz um rapaz para uma família, num trocadilho com o nome da estação.
16h13 - Artistas participam dos protestos contra a corrupção. Susana Vieira, Márcio Garcia, Marcelo Serrado, Juliana Paes e Viviane Araújo foram às ruas. Na coluna de Bruno Astuto.
15h30 - Uma manifestante levou, para o protesto na Avenida Paulista, em São Paulo, um cachorro com o focinho pintado de verde e amarelo.
15h16 - Em Porto Alegre, ocorre, desde as 12h, o "Coxinhaço". Um grupo pró-governo assa coxinhas. O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, afirma que o protesto é contra "o golpe em curso contra a presidente Dilma". A repórter Paula Soprana informa, de Porto Alegre.
15h07 - Empresários de marcas de luxo criaram o 'guarda-chuva do impeachment'. Na manifestação na Avenida Paulista, enquanto o editor Bruno Ferrari conversava com o empresário Roberto Miranda, do grupo Basta, a entrevista foi interrompida algumas vezes por pessoas que queriam comprar o item. Mas o produto não está à venda.
14h58 - Crise? Venda de "pixuleco" é o único negócio que prospera no Brasil, brincam manifestantes. Confira na coluna Expresso.
14h50 - A manifestação na Avenida Paulista está marcada para 15h, mas a aglomeração começou bem antes. O esquenta na Paulista teve samba-enredo, topless e jararaca, segundo relato dos repórteres Bruno Ferrari e Beatriz Morrone.
14h42 - Partido Novo, criado em setembro, aproveita manifestação em São Paulo para buscar apoiadores. A legenda diz ser o primeiro partido completamente liberal do país. O Partido Novo se diz contra "políticos profissionais". "Nomes ilustres já tentaram entrar no Novo, mas nós não deixamos", afirma o médico Paulo Lázaro – um dos membros do partido que, vestido de laranja e com uma prancheta na mão , tentava coletar dados de possíveis apoiadores, conta o repórter Rafael Ciscati.
14h40 - Nota de Dilma Rousseff sai em defesa da UNE, após a sede da entidade em São Paulo ser pichada por vândalos. A presidente não se manifestou ainda sobre os protestos em todo país.
13h56 - Em frente à sede da Fiesp, na Avenida Paulista, o presidente da federação, Paulo Skaf (PMDB), conversou com jornalistas no início da tarde deste domingo (13): "O PMDB já deveria ter rompido com o governo e retirado todos os seus ministros". Leia o texto de Rafael Ciscati aqui.
13h36 - Aproveitando a onda de protestos deste domingo (13), a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) espalhou mais de 30 patos infláveis, utilizados na campanha "Não vou pagar o pato", contra a alta carga tributária brasileira. Leia na coluna EXPRESSO.
12h30 - Um dos carros de som que participam da manifestação no Rio toca a música "Eu te amo, meu Brasil", da dupla Dom e Ravel. No início dos anos 1970 a música se tornou uma espécie de hino do regime militar.
12h26 - A manifestação no Rio ocupa, de forma compacta, oito quarteirões da avenida Atlântica --pouco mais de 1,5 quilômetros-- e, diferentemente da manifestação de 13 de dezembro do ano passado, esta ocupou completamente a segunda pista da orla, próxima aos prédios. A Polícia Militar do Rio informou que não vai divulgar estimativas do número de participantes do ato. Os organizadores da manifestação ainda não informaram quantas pessoas, em sua estimativa, participaram do ato.
12h20 - Sobrou para a jararaca. "Ele [Lula] disse que acertaram o rabo da jararaca. Hoje é dia de acertar a cabeça", diz o padeiro Leci Soares, 38, morador de valparaíso de Goiás, entorno do DF. Ele participa da manifestação em Brasília.
12h10 - No Rio, grupos gritam palavras de ordem variadas: "A nossa bandeira jamais será vermelha", "Pé na bunda dela, aqui é Brasil, não é Venezuela" e "Eu vim de graça". No meio da passeata, um carro conversível amarelo chamava a atenção. Controlado remotamente pelo técnico em mecatrônica Rogério Ramos, tinha como "passageiro", no banco traseiro, um homem vestido como o ex-presidente Lula. "O Brasil anda como esse carro: sem motorista", dizia uma faixa.
Há também paródias de músicas conhecidas. Em um delas, que se tornou conhecida ao ser entoada por torcedores argentinos na Copa do Mundo, os manifestantes cantam: "Petista, me diz como se sente/depois da campanha eleitora/ votou na Dilma/ mas foi enganado no final".
Outra usa o tema do filme "Tropa de Elite", do grupo Tihuana: "Polícia Federal/osso duro de roer/pega um, pega geral/ também vai pegar você/Lula".
12h06 - Rio: Ambulante vende bonecos de Dilma Rousseff vestida de presidiária. No início do ato, eram vendidos a R$ 10, mas com a grande procura o preço já subiu para R$ 15.
12h02 - Para reforçar o policiamento nas ruas de Belém, por conta das manifestações, 550 homens da PM estão circulando pelos locais de maiores movimentos. Segundo os organizadores, 10 mil pessoas estão na manifestação que deve ir até o bairro de Umarizal.
12h00 - Manifestações se espalham por várias cidades do país:
Maceió: 6 mil manifestantes, segundo a PM
Juiz de Fora (MG): Mil manifestantes, segundo organizadores
Governador Valadares (MG): Mil manifestantes, segundo a PM
Belo Horizonte: 30 mil pessoas, segundo a PM
11h46 - Em São Bernardo (SP), partidários do PT e apoiadores do ex-presidente Lula se manifestam em defesa do governo. Confira fotos:
Galeria
11h20 - Só tem uma pessoa que é citada tanto quanto Dilma: Sérgio Moro. O carro de som exalta o juiz da Lava Jato (Filipe Coutinho)
11h15 - PM do Distrito Federal estima que 20 mil manifestantes estão na Esplanada dos Ministérios, em protesto contra o governo Dilma Rousseff. A contagem é feito a partir de imagens feitas de helicópteros e dos prédios ao redor do local. Segundo a PM, há um grande número de pessoas ainda em deslocamento e a estimativa deve ser atualizada em breve. (Ricardo Coleta)
11h10 - Maria Lúcia Bicudo, uma das sete filhas do jurista Hélio Bicudo, fundador do PT e autor do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, discursou neste domingo (13) em Brasília. “Nós, cidadãos brasileiros, vivemos hoje escravizados. Escravizados pela corrupção, pelas mentiras, pelo ultrajante salário mínimo, pelo desemprego, pelos altíssimos impostos e juros escorchantes. Temos o direito e o dever de abolir esse estado de coisas”, disse. Maria Lúcia costuma falar em nome do pai por causa do estado de saúde e da idade dele, 93 anos. Hélio Bicudo já conversou com ÉPOCA sobre o pedido de impeachment.
>> Maria Lúcia Bicudo: "O Brasil hoje é um carro desgovernado"
10h45 - Enquanto manifestantes favoráveis ao afastamento da presidente Dilma Rousseff e às ações da Operação Lava Jato se concentravam na avenida Atlântica, na orla de Copacabana, um pequeno avião, daqueles que costumam sobrevoar as praias cariocas com faixas de propaganda, passava sobre a multidão carregando a faixa “Não vai ter golpe”. Até as 10h30, o solitário avião era o único indício dissonante na manifestação.
10h30 - No Rio de Janeiro, a manifestação começou as 10h. Quatro carros de som puxam os protestos. Dos quatro, um pede intervenção militar. A repórter Samantha Lima está em Copacabana e envia fotos do protesto.
10h00 - O repórter de ÉPOCA Thiago Bronzatto, que está em Brasília acompanhando a manifestação, envia as primeiras fotos do protesto na capital federal.
09h30 - Em algumas cidades, como Brasília, Belém, Rio de Janeiro, Salvador e São Luís, as manifestações começam ainda de manhã, as 10h.
09h10 - Ainda no sábado, a presidente Dilma fez um apelo para que as manifestações não sejam violentas. “Para mim é muito importante a democracia no nosso país. Então, eu acredito que o ato de amanhã deve ser tratado com todo respeito. Não acho que seja cabível, e acho que é um desserviço para o Brasil qualquer ação que constitua provocação, violência e atos de vandalismo de qualquer espécie”, disse Dilma.
09h00 - Bom dia! Estamos começando a cobertura em tempo real da jornada de protestos contra o governo em todo o país. O clima é de incerteza para a presidente Dilma. No sábado (12), a convenção nacional do PMDB - o maior partido da base aliada do governo - foi marcada pro protestes, incluindo gritos de "fora PT" e fortes críticas da ex-petista Marta Suplicy, que classificou o governo de "corrupto e incompetente". Apesar da pressão, o vice-presidente Michel Temer fez um discurso de união e o PMDB acabou adiando a principal decisão: daqui a 30 dias os peemedebistas decidirão se continuam ou abandonam o governo Dilma. Confira a reportagem completa sobre a convenção do PMDB.
Isabela
ResponderExcluirA pesquisa ficou muito boa.
Professora Nagila